setembro 9, 2025

Pagamentos automáticos disparam: crescimento das tags revela transformação na mobilidade e nos meios de pagamento.

Número de tags veiculares cresceu quase 70% em dois anos; setor projeta 20 milhões de dispositivos ativos até 2027 com foco em tecnologia e experiência do usuário.


O uso de tags de pagamento automático em pedágios e estacionamentos vem registrando uma forte expansão no Brasil. Segundo dados de entidades do setor, o número de dispositivos ativos cresceu quase 70% nos últimos dois anos. A tendência acompanha o avanço da digitalização nos meios de pagamento e mudanças no comportamento dos motoristas, que buscam cada vez mais praticidade e agilidade.

Atualmente, milhões de veículos circulam com tags vinculadas a contas digitais, cartões de crédito ou serviços de assinatura. Essa modalidade vem se popularizando em razão de sua conveniência, evitando filas e agilizando a mobilidade urbana e rodoviária. Projeções da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) apontam que, até 2027, o país pode ultrapassar a marca de 20 milhões de tags ativas.

Do ponto de vista da gestão de mobilidade, esse crescimento representa um avanço importante na modernização da infraestrutura logística e no uso eficiente de rodovias. Operadoras e concessionárias passaram a investir mais em tecnologias de leitura, integração com apps e plataformas de fidelização para atrair e reter usuários.

O mercado das tags também atrai novos players, desde fintechs até empresas tradicionais de serviços automotivos, aumentando a competição e a diversidade de ofertas. O ambiente dinâmico força as empresas a inovar constantemente, tanto em funcionalidades quanto em modelos de precificação e atendimento ao cliente.

A ampliação do uso das tags também tem implicações diretas na gestão pública. A fluidez no trânsito, a redução de paradas em praças de pedágio e o uso de dados para planejamento urbano ganham destaque. Governos e concessionárias vêm estudando a integração com sistemas inteligentes de transporte (ITS), criando um ecossistema mais eficiente e conectado.

Por trás dessa revolução silenciosa, está uma mudança de mentalidade: o pagamento deixou de ser uma etapa visível e passou a ser integrado à jornada do usuário. Isso exige das empresas uma abordagem estratégica de experiência do cliente, que passa a valorizar fluidez, segurança e integração com outros serviços, como abastecimento, manutenção e seguros.

A consolidação desse mercado também levanta desafios regulatórios. Com mais dados circulando, cresce a necessidade de proteção da privacidade dos usuários e de regras claras sobre cobrança, cancelamento e interoperabilidade entre sistemas. A maturidade do setor dependerá da capacidade de criar um ambiente confiável e transparente para todos os envolvidos.

Em termos de receita, empresas que operam as tags veem potencial não apenas no serviço básico, mas na oferta de pacotes combinados, como cashback em postos, descontos em estacionamentos e até programas de fidelidade. O modelo de negócios tende a se expandir para além do pedágio, alcançando outras frentes de mobilidade urbana.

A previsão de crescimento acelerado até 2027 cria oportunidades significativas para investimentos em infraestrutura digital, parcerias entre concessionárias e fintechs, além de novos serviços embarcados nos veículos conectados. O avanço da tecnologia 5G e da Internet das Coisas (IoT) pode acelerar ainda mais esse movimento.

No fim, a ascensão das tags de pagamento reflete uma mudança mais ampla na relação entre cidadãos, transporte e tecnologia. O que antes era apenas um acessório de conveniência hoje se transforma em peça-chave da mobilidade moderna, desafiando empresas a pensar de forma mais integrada, inteligente e orientada à jornada do usuário.

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