Quando Telma decidiu voltar a estudar aos 59 anos, muita gente estranhou. Após uma vida dedicada ao trabalho, ela sentia que ainda havia algo por fazer — um chamado silencioso que ficou mais forte com o tempo. Foi assim que, contrariando expectativas e rompendo barreiras pessoais, ela mergulhou na formação em Terapia de Reprocessamento Generativo, a chamada TRG, uma abordagem terapêutica inovadora voltada para a cura de traumas emocionais e bloqueios internos.
Dois anos depois, Telma não só se formou como terapeuta, como hoje mantém uma lista de pacientes crescente, que chega até ela por indicação ou pelas redes sociais, sendo a maioria dos Estados Unidos e Europa. Muitos buscam respostas para dores invisíveis: ansiedade, insegurança, relacionamentos complicados ou simplesmente a sensação de estarem “travados” na vida. A escuta acolhedora e a técnica precisa fazem de Telma de Melo Alves uma referência entre os profissionais da área, mostrando que recomeçar não tem prazo de validade.
A TRG é uma abordagem relativamente nova, mas vem ganhando força por seu foco direto nas memórias emocionais e padrões inconscientes que afetam decisões e comportamentos. Em vez de apenas conversar sobre os problemas, o método propõe um reprocessamento dessas experiências, liberando o paciente de travas internas que muitas vezes estão enraizadas desde a infância. “É como se limpássemos uma lente suja que a pessoa nem sabia que usava para enxergar o mundo”, explica.
A terapeuta atende de forma híbrida: parte dos atendimentos é presencial, outra parte online, o que amplia seu alcance para além da sua cidade natal, no interior de Goiás. O perfil de seus pacientes é diverso, mas há algo em comum: todos procuram por mudança real e sentem que já tentaram “de tudo” antes de encontrarem a TRG. “Muitos chegam dizendo: ‘Você é minha última tentativa’. E saem transformados”, conta ela, com olhos brilhando.
A escolha pela TRG veio após uma vivência pessoal marcante. Telma conta que enfrentou momentos difíceis durante sua própria jornada. A perda de identidade, a sensação de não pertencimento e insegurança a fizeram procurar ajuda. Em poucas sessões, despertou nela o interesse pela técnica. “Foi tão impactante que pensei: preciso aprender isso. Quero levar essa mudança para outras pessoas.”

O caminho até a formação não foi simples. Envolveu cursos, leituras intensas e, claro, o desafio de retornar à rotina de estudos depois de décadas. Mas nada disso abalou a determinação de Telma de Melo Alves. Com apoio da família e da comunidade terapêutica, ela concluiu a formação e logo começou a atender — inicialmente de forma voluntária, depois profissionalmente. Hoje, além dos atendimentos, participa de eventos e compartilha conteúdos sobre saúde emocional.
A atuação como terapeuta TRG trouxe não apenas realização pessoal, mas também uma nova forma de enxergar o envelhecimento. “Me reinventei depois dos 60, e isso me deu uma alegria de viver que eu não sentia havia anos”, diz Telma. Para ela, envelhecer deixou de ser um fim de linha e virou um ponto de partida. “Nunca é tarde para descobrir uma nova missão.”
O caso de Telma evidencia não só a potência da TRG como ferramenta terapêutica, mas também o impacto social de profissionais que se formam mais tarde na vida. Com bagagem emocional rica e escuta madura, terapeutas como ela contribuem para um cenário onde a experiência de vida é valorizada como diferencial. E seus pacientes confirmam: a maturidade de Telma faz toda a diferença na hora de lidar com dores profundas.
Com a crescente valorização da saúde mental, terapias como a TRG ganham espaço e credibilidade. O sucesso de profissionais como Telma aponta para um movimento mais amplo: o de uma geração que não se conforma em parar de aprender e que entende que cuidar do outro é também uma forma de se curar.
TRG: a terapia que promete reorganizar emoções profundas e transformar vidas

A Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG) pode até soar como mais uma sigla no universo das terapias alternativas, mas quem experimenta costuma sair com outra percepção — e, muitas vezes, com uma nova vida emocional. A técnica, criada com base em princípios da neurociência e psicologia energética, trabalha com o reprocessamento de padrões emocionais e traumas antigos que continuam a influenciar o presente, mesmo sem a pessoa perceber.
Diferente das abordagens tradicionais, a TRG não se limita à fala. Ela utiliza técnicas corporais e neurológicas que acessam memórias inconscientes e ajudam o cérebro a “reconfigurar” respostas emocionais. É como uma espécie de atualização mental, que substitui antigos scripts de sofrimento por novos padrões mais saudáveis. “É como fazer uma faxina no HD emocional”, brincam alguns terapeutas.
O método começou a se espalhar com mais força no Brasil nos últimos cinco anos, principalmente entre psicólogos e profissionais de terapias integrativas. A TRG exige formação específica e prática supervisionada, e atrai profissionais que buscam ferramentas mais diretas e eficazes no tratamento de traumas, bloqueios emocionais, fobias e até dores físicas de origem psicossomática.
Pacientes relatam mudanças rápidas e profundas. Não é raro alguém que convivia há anos com ansiedade ou baixa autoestima relatar melhora em poucas sessões. “Eu me sentia travada em várias áreas da vida, como se algo me segurasse, e não sabia o que era. A TRG me ajudou a acessar essas emoções escondidas e soltar tudo aquilo”, conta uma paciente que, após meses de TRG, mudou de emprego, terminou um relacionamento tóxico e passou a dormir melhor.
Especialistas defendem que a eficácia da TRG está na forma como ela conversa diretamente com o sistema límbico — a parte do cérebro ligada às emoções e memórias. Ao ativar circuitos neuronais específicos durante o atendimento, a terapia permite que o cérebro “reescreva” interpretações antigas que geravam sofrimento. É uma abordagem que vai além do entendimento racional, atuando na base emocional da experiência humana.
Com a crescente busca por soluções mais integrativas e menos medicalizadas para questões emocionais, a TRG encontrou solo fértil. Além de indivíduos em busca de autoconhecimento, também há psicólogos e médicos buscando se especializar na técnica como forma de ampliar seu leque terapêutico. A exigência de capacitação rigorosa e a rede de supervisão contínua garantem a seriedade da formação, evitando modismos ou usos indevidos.
Mesmo assim, especialistas alertam: embora a TRG seja poderosa, não substitui tratamentos médicos quando há transtornos graves. O ideal é que o paciente seja avaliado por um profissional capacitado, que entenda os limites e possibilidades de cada abordagem. Em casos de depressão severa, transtorno bipolar ou psicose, por exemplo, o acompanhamento médico continua sendo indispensável.
O que chama a atenção é o perfil dos novos terapeutas que têm se formado: muitos vêm de outras áreas, como educação, RH, medicina ou mesmo pessoas aposentadas em busca de um novo propósito — como é o caso de Telma. Isso contribui para uma diversidade rica na prática clínica e amplia a forma como os pacientes se sentem acolhidos.
Com o avanço das terapias integrativas no Brasil, a TRG caminha para se consolidar como uma alternativa terapêutica relevante, especialmente em tempos de saúde mental fragilizada. Para quem busca leveza emocional, recomeço ou simplesmente entender melhor seus próprios padrões, essa pode ser uma chave poderosa — e transformadora.
Telma de Melo Alves é Terapeuta TRG, com formação complementar em Transtornos Sexuais, Leitura Corporal, Transtornos Alimentares e de Imagem, Transtornos Emocionais Graves, Transtornos de Ansiedade e Sonoros.