dezembro 6, 2025

Banco Central mantém juros em 15% ao ano e sinaliza foco no controle inflacionário

O Banco Central brasileiro manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano

O Banco Central brasileiro manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. A decisão reforça o compromisso da autoridade monetária com o combate à inflação ainda resistente, ao mesmo tempo em que indica uma estratégia cautelosa para eventuais cortes apenas no médio e longo prazo. No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed) também optou por manter sua taxa básica de juros no intervalo entre 4,25% e 4,50%.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, avalia que a manutenção da Selic está alinhada ao atual cenário inflacionário do país e projeta um horizonte mais distante para qualquer flexibilização monetária. “A decisão de hoje não surpreende. A manutenção dos juros já estava majoritariamente precificada pelo mercado. Agora, o foco está no comunicado do BC, que deve trazer pistas importantes sobre os próximos passos, especialmente frente ao impacto potencial das novas tarifas dos Estados Unidos, como uma eventual fuga de capital”, comenta.

Segundo Cunha, ainda não há evidências concretas de saída de recursos do país, mas o risco deve ser monitorado. “As tarifas anunciadas pelos EUA foram um fator surpresa que pesou sobre essa reunião. Uma fuga de capital no médio e longo prazo não pode ser descartada. O mercado, por enquanto, tem reagido com moderação, mas existe espaço para maior volatilidade, o que poderia exigir uma resposta mais firme do Banco Central”, acrescenta.

Como ficam os investimentos?

Para os investidores, a taxa Selic em níveis elevados reforça o atrativo da renda fixa atrelada ao CDI. “Com juros altos, os títulos pós-fixados oferecem retorno mais competitivo quase que imediatamente, o que chama a atenção do investidor mais conservador”, destaca Cunha.

Por outro lado, ele ressalta que o momento também exige visão estratégica para horizontes mais longos. “Devemos continuar observando o fluxo de entrada de dólares, o que pode favorecer uma leve recuperação da Bolsa. Além disso, se o mercado seguir precificando cortes nos juros mais à frente, ativos como ações, crédito privado e títulos prefixados ou indexados à inflação (IPCA+) tendem a se valorizar. Mas é fundamental ter atenção à volatilidade e aos riscos envolvidos, dado o cenário ainda incerto”, conclui.

Sobre iHUB Investimentos

A iHUB Investimentos é uma empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos. Possui mais de 5,5 mil clientes, somando mais de R$2 bilhões em valores investidos sob custódia.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos

Mais resultados...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors