setembro 9, 2025

Desconfiança econômica desafia gestores públicos e privados no Brasil.

Com sete em cada dez brasileiros insatisfeitos com a economia, cresce a pressão por decisões mais eficazes na gestão pública e corporativa.

Uma pesquisa recente realizada pelo instituto Ipsos revelou um dado preocupante: 70% dos brasileiros acreditam que a economia do país está indo mal. Esse sentimento de insegurança financeira generalizada está diretamente ligado ao aumento de preços, considerado uma das três principais preocupações da população. Em meio a esse cenário, tanto a gestão pública quanto a privada são colocadas à prova em sua capacidade de reagir, planejar e oferecer soluções eficazes.

A percepção negativa da economia não surge do nada. O brasileiro lida diariamente com o aumento do custo de vida, a instabilidade no mercado de trabalho e a queda do poder de compra. Esses fatores impactam diretamente no comportamento do consumidor, na confiança do investidor e no planejamento estratégico das empresas — tudo isso forma um ciclo que exige respostas ágeis e inteligentes dos gestores.

No setor público, a desconfiança na economia se reflete na cobrança por políticas econômicas mais efetivas. Governos estaduais e municipais enfrentam a difícil missão de manter serviços essenciais em funcionamento, ao mesmo tempo que precisam ajustar orçamentos diante da arrecadação incerta e de demandas crescentes por assistência social. A percepção de má gestão ou ineficiência agrava ainda mais o sentimento de instabilidade.

Já no setor privado, as lideranças empresariais enfrentam o desafio de manter a produtividade, a motivação das equipes e a saúde financeira das organizações em um ambiente adverso. As decisões de investimento se tornam mais cautelosas, os consumidores se tornam mais exigentes e os planos de expansão muitas vezes são postergados. A gestão corporativa precisa equilibrar contenção de custos com inovação para sobreviver a um mercado cada vez mais volátil.

A alta nos preços, especialmente de alimentos, energia e combustíveis, afeta não só o bolso do cidadão, mas também a cadeia produtiva. Para os gestores, isso significa rever contratos, otimizar processos e buscar alternativas sustentáveis. Empresas que não adotam práticas de gestão eficientes correm maior risco de perdas e de insatisfação de clientes e colaboradores.

Nesse cenário, a comunicação interna e externa torna-se ainda mais estratégica. Explicar decisões, compartilhar metas e demonstrar responsabilidade social são atitudes que fortalecem a imagem institucional e mantêm a confiança do público, mesmo em tempos de crise. A transparência, tanto no setor público quanto no privado, é um pilar essencial de uma boa gestão em momentos de incerteza econômica.

A educação financeira da população também entra em pauta como uma das saídas possíveis. Com maior conhecimento sobre consumo consciente, planejamento e investimento, os cidadãos podem tomar decisões mais sustentáveis, o que tende a reduzir os efeitos de pânico financeiro e a fortalecer a economia de forma gradual e coletiva.

Por outro lado, esse clima de pessimismo pode ser uma oportunidade para gestores visionários se destacarem. Crises costumam acelerar mudanças, e as lideranças mais preparadas aproveitam o momento para implementar transformações estruturais, investir em capacitação e reforçar valores de governança e responsabilidade social.

A pesquisa da Ipsos não apenas evidencia a insatisfação popular, mas lança um alerta sobre a urgência de melhorar a eficiência e a sensibilidade das decisões de gestão. Em tempos difíceis, o papel de líderes éticos, transparentes e proativos se torna ainda mais essencial para reconstruir a confiança e orientar a sociedade rumo à estabilidade.

Ao final, o que está em jogo é mais do que números e percepções: é a qualidade de vida de milhões de brasileiros. E esse desafio não pode ser enfrentado sem uma gestão comprometida com resultados reais e com o bem coletivo.

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