Verba será aplicada no desenvolvimento de tecnologias inclusivas.
O Google anunciou uma doação de US$ 100 mil para pesquisas em acessibilidade na Universidade de São Paulo (USP). O investimento será aplicado no desenvolvimento de tecnologias que facilitam a inclusão de pessoas com deficiência, como sistemas de reconhecimento de voz, leitores de tela e interfaces adaptadas para diferentes necessidades.
A faz iniciativa parte do programa de financiamento da empresa para projetos inovadores na área de tecnologia assistiva. Segundo a USP, os recursos ajudam a aprimorar soluções já em desenvolvimento e a criar novas ferramentas que permitem maior autonomia para pessoas com deficiência visual, auditiva ou motora.
Foco em inovação e inclusão
O projeto contemplado pela doação envolve pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), em São Carlos. Eles trabalham na criação de softwares e dispositivos que ampliam o acesso a serviços digitais. Entre as iniciativas, estão algoritmos que melhoram a interpretação de comandos de voz e sistemas que tornam a navegação na internet mais acessível para usuários com dificuldades motoras.
A professora Carla Leitão, coordenadora da pesquisa, destaca a importância do investimento para o avanço das soluções. “A acessibilidade digital ainda é um grande desafio. Esse financiamento nos permitirá testar novas abordagens e torná-las viáveis para um público maior”, afirmou.
Compromisso com a acessibilidade
O Google tem investido globalmente em acessibilidade, apoiando startups e universidades que desenvolvem tecnologias inclusivas. A empresa já financiou projetos semelhantes em outros países e oferece ferramentas como o Live Transcribe e o Voice Access, voltados para pessoas com deficiência auditiva e motora.
No Brasil, a doação reforça o compromisso da gigante da tecnologia com a inclusão digital. Segundo dados do IBGE, cerca de 17,3 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, e a falta de acessibilidade digital ainda é um obstáculo para muitas dessas pessoas sem acesso à educação, ao mercado de trabalho e aos serviços básicos.
A expectativa é que os avanços promovidos pela pesquisa na USP possam ser aplicados em diferentes setores, beneficiando não apenas usuários individuais, mas também empresas e instituições que buscam tornar suas plataformas mais acessíveis.