junho 7, 2025

Haddad projeta alta de 2,5% no PIB em 2025 e reforça compromisso com equilíbrio fiscal e crescimento sustentável.

Ministro da Fazenda aposta em reformas, responsabilidade fiscal e recuperação da confiança para impulsionar a economia brasileira no próximo ano.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta semana que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 2,5% em 2025, mantendo uma trajetória de expansão moderada, porém consistente. A projeção foi apresentada como parte do esforço do governo para combinar crescimento econômico com responsabilidade fiscal e consolidação das contas públicas.

Segundo Haddad, o desempenho esperado para o próximo ano é fruto de um conjunto de medidas estruturais em andamento, como a reforma tributária, o novo arcabouço fiscal e a reestruturação de incentivos e gastos públicos. Para o ministro, essas iniciativas criam um ambiente mais previsível para investidores, empresas e consumidores, condição essencial para a retomada da confiança e da produtividade no país.

A fala do ministro reforça a estratégia do governo de promover o crescimento com base em fundamentos sólidos, evitando soluções de curto prazo ou populismo fiscal. “Estamos trabalhando para que o Brasil cresça de forma sustentável, com equilíbrio das contas, controle da inflação e geração de empregos de qualidade”, afirmou Haddad em entrevista coletiva.

O foco em equilíbrio fiscal tem sido uma das marcas da gestão de Haddad à frente da Fazenda. Apesar das pressões por mais gastos em áreas sociais e infraestrutura, o ministro tem defendido com firmeza a necessidade de manter os gastos sob controle, dentro das regras do novo arcabouço, que substitui o antigo teto de gastos. O objetivo é evitar o aumento do endividamento público e criar espaço para juros mais baixos no médio prazo.

Do ponto de vista da gestão econômica, a projeção de crescimento está ancorada também em outros fatores, como a melhora do ambiente externo, a estabilidade do real frente ao dólar, o aumento da confiança empresarial e a maior eficiência na arrecadação. Haddad destacou que o governo já conseguiu avanços importantes em relação ao combate à sonegação, digitalização da Receita Federal e revisão de benefícios fiscais ineficientes.

Especialistas do mercado financeiro veem a projeção com otimismo moderado. Embora reconheçam os esforços da equipe econômica, ponderam que a materialização desse crescimento depende de variáveis ainda incertas, como o comportamento da taxa Selic, o avanço das reformas no Congresso e a estabilidade política. Além disso, alertam para o risco de frustrações caso o governo não consiga cumprir as metas fiscais estipuladas para 2025.

Outro ponto central é o papel do investimento público e privado no estímulo à economia. O governo pretende destravar parcerias com o setor produtivo por meio de concessões, incentivos à indústria verde e ao setor de infraestrutura, além de ampliar o acesso ao crédito com taxas mais acessíveis, especialmente para micro e pequenas empresas. Haddad reforçou que o BNDES e outras instituições financeiras públicas terão papel fundamental nesse processo, sem comprometer a disciplina fiscal.

A mensagem do ministro é clara: não haverá crescimento sustentável sem estabilidade fiscal. A gestão econômica precisa equilibrar as demandas sociais com a necessidade de manter a confiança dos investidores e a credibilidade das instituições. Nesse sentido, o Ministério da Fazenda quer transformar 2025 em um ano de consolidação da retomada — sem euforia, mas com planejamento e responsabilidade.

Na avaliação de Haddad, o crescimento de 2,5% será suficiente para reduzir o desemprego, aumentar a renda real da população e melhorar a arrecadação, gerando um ciclo positivo de desenvolvimento. A aposta está em uma gestão integrada entre as áreas econômica, social e política, em um ambiente mais coordenado do que nos anos anteriores.

Ao fim da coletiva, o ministro também reforçou que as projeções não são promessas, mas metas baseadas em premissas técnicas e realistas. “Sabemos dos desafios, mas temos as ferramentas certas para enfrentá-los. E, principalmente, temos um compromisso com a estabilidade e com o Brasil do futuro”, concluiu Haddad.