No Dia do Cartógrafo, celebrado em 6 de maio, ganha destaque a importância dessa ciência na tomada de decisões, no planejamento territorial e na gestão de riscos e recursos
A cartografia, frequentemente associada à representação geográfica em mapas, vem assumindo um papel estratégico nas decisões de gestão pública e corporativa. No Dia do Cartógrafo, comemorado em 6 de maio, o destaque vai para os profissionais que transformam dados geoespaciais em informações valiosas para governos, empresas e instituições.
Muito além de produzir mapas físicos, a cartografia moderna integra sistemas digitais de informação geográfica (SIG), drones, sensoriamento remoto e análise de dados para apoiar a definição de políticas públicas, estratégias de expansão de mercado, logística e até ações de emergência.
No setor público, a atuação de cartógrafos é fundamental no planejamento urbano, na definição de limites territoriais, no mapeamento de áreas de risco e na gestão ambiental. Municípios que utilizam mapeamentos atualizados e precisos conseguem alocar melhor recursos, prever impactos e orientar o crescimento urbano de forma mais equilibrada.
Na esfera corporativa, a cartografia aplicada a inteligência geográfica ajuda empresas a escolher locais para novas unidades, otimizar rotas de entrega, analisar perfil de consumo por região e cruzar dados populacionais com indicadores econômicos. O resultado é uma gestão baseada em evidências espaciais, com decisões mais assertivas e seguras.
Um exemplo prático ocorre no setor varejista. Por meio da cartografia digital, uma rede de lojas pode cruzar dados demográficos, renda média e fluxo de pessoas para identificar pontos ideais para expansão. O mesmo vale para empresas de transporte, que utilizam mapas dinâmicos para redesenhar rotas em tempo real, reduzindo custos e prazos de entrega.
A cartografia também se mostra essencial em situações de emergência, como desastres naturais ou crises sanitárias. Durante a pandemia de covid-19, por exemplo, mapas interativos foram utilizados para monitorar a propagação do vírus, identificar áreas com maior necessidade de recursos e orientar decisões de isolamento ou vacinação.
Essas aplicações reforçam que o cartógrafo deixou de ser apenas o profissional que desenha mapas. Ele é hoje um analista estratégico, com papel relevante em gestão territorial, ambiental, urbana e empresarial. Seu trabalho é uma ponte entre o espaço físico e as decisões que impactam pessoas, negócios e políticas públicas.
Com o avanço da tecnologia, o campo da cartografia se expandiu e exige conhecimentos em programação, estatística e geotecnologias. Sistemas como o ArcGIS, QGIS e ferramentas de georreferenciamento passaram a fazer parte da rotina de quem atua na área. A formação técnica e a capacidade analítica são diferenciais importantes nesse novo perfil profissional.
Neste 6 de maio, o Dia do Cartógrafo também serve como alerta para a necessidade de valorização e investimento em dados espaciais confiáveis, especialmente em tempos de mudanças climáticas, migração urbana e escassez de recursos. A cartografia, quando bem utilizada, é um recurso poderoso para antecipar problemas, planejar com eficiência e tomar decisões mais sustentáveis.
Em um mundo cada vez mais orientado por dados, saber onde, como e por que algo acontece no espaço físico é uma vantagem competitiva. E é nesse cruzamento entre território e estratégia que o trabalho do cartógrafo se firma como ferramenta indispensável de gestão.
