dezembro 5, 2025

Não é marketing, é Ego!

A expansão das redes sociais abriu espaço para profissionais de marketing, mas também para aventureiros que usam o título sem preparo. A prática tem provocado desgaste na área e afetado a relação com empresas de todos os portes. O problema se repete em agências, pequenos negócios e perfis digitais. A oferta cresce, mas parte dela não entrega o que promete.

Empresários relatam casos de pessoas que fazem cursos rápidos, de dois dias, e passam a oferecer serviços completos de marketing. Muitos trabalham sozinhos, cobram caro e criam vídeos chamativos que geram curtidas, mas não aumentam vendas. O foco recai sobre a própria imagem, não sobre o fluxo de caixa do cliente. Profissionais experientes afirmam que a situação se agravou com o apelo por visibilidade nas plataformas digitais.

O uso de celulares de última geração como símbolo de competência também virou hábito entre esses prestadores. Especialistas dizem que o equipamento ajuda, mas não substitui planejamento, estudo e conhecimento técnico. Sem estratégia, as ações se limitam a conteúdos que parecem fogos de artifício. São vistosos e barulhentos, mas desaparecem rápido e deixam resultados abaixo do esperado.

Empresas relatam prejuízos com promessas não cumpridas. Parte dos contratantes percebe tarde que não houve análise de mercado, definição de metas ou acompanhamento de dados. Muitas vezes, o que se vendeu como campanha completa era apenas a publicação de vídeos e fotos sem objetivo claro. Profissionais sérios da área alertam que marketing envolve processo contínuo, que exige método, mensuração e responsabilidade.

O desgaste afeta quem trabalha de forma estruturada. Consultores e agências apontam que precisam explicar, cada vez mais, diferenças entre estratégia e vaidade digital. A confusão entre alcance e conversão é uma das causas do problema. Curtidas e seguidores medem exposição, não faturamento. Em muitos casos, empresas contratam serviços guiadas pelo apelo visual e se frustram com a ausência de retorno financeiro.

Entidades do setor defendem a valorização de formação sólida e a adoção de práticas mínimas de transparência. Entre elas, apresentação de portfólio real, relatório de resultados e definição prévia de objetivos. A orientação também inclui cautela com fórmulas prontas e promessas de crescimento rápido.

Profissionais experientes afirmam que a recuperação da credibilidade depende de informação e análise crítica. A recomendação é que empresários adotem critérios antes de fechar contrato: verificar referências, solicitar métricas, exigir planejamento e avaliar o histórico de entregas. A medida reduz riscos e fortalece o mercado.

O avanço dos aventureiros não encerra o papel do marketing. A atividade continua essencial para criar valor, atrair clientes e manter empresas competitivas. Mas requer preparo, método e tempo. Sem isso, o serviço perde sentido e vira apenas vitrine para alimentar egos nas redes sociais.

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