Estudo do grupo Sienge destaca municípios com melhores oportunidades de negócio para diferentes faixas de renda.
Um levantamento realizado pelo grupo Sienge identificou as três cidades brasileiras mais atrativas para o mercado imobiliário em 2024. O estudo levou em conta fatores como crescimento populacional, renda média, volume de financiamentos e velocidade de venda dos imóveis, oferecendo um panorama completo das melhores oportunidades para investidores, construtoras e compradores.
Diferente de rankings tradicionais que consideram apenas capitais, o índice analisou municípios de médio e grande porte em todas as regiões do País. A ideia foi captar tendências fora dos grandes centros e mapear onde o setor imobiliário avança com mais vigor em cada faixa de renda.
No topo da lista aparece Joinville (SC), que se destaca pelo dinamismo econômico e pela demanda constante por moradias de padrão médio e alto. A cidade catarinense tem atraído investimentos da construção civil e mantido alta liquidez nas transações imobiliárias, mesmo em um cenário de juros elevados.
Em segundo lugar está Goiânia (GO), com forte presença no segmento de imóveis populares e grande oferta de crédito imobiliário. A capital goiana reúne boas condições de financiamento, infraestrutura urbana em expansão e uma base sólida de consumidores da classe C, o que sustenta a procura por habitação em larga escala.
O terceiro lugar ficou com Ribeirão Preto (SP), impulsionada por um mercado diversificado que vai do econômico ao alto padrão. O município do interior paulista se beneficia da presença de universidades, centros médicos e agroindústrias, o que gera fluxo constante de novos moradores e valoriza empreendimentos bem localizados.
De acordo com os dados do índice, cada uma das cidades apresenta vantagens específicas que favorecem diferentes públicos. Enquanto Joinville atrai investidores interessados em imóveis de alto valor agregado, Goiânia e Ribeirão Preto mostram potencial para volume e velocidade nas vendas.
O estudo também destaca o papel da digitalização do setor na expansão de novos mercados. Plataformas de financiamento, análise de crédito e gestão de obras têm reduzido os custos e ampliado o alcance das incorporadoras. Isso tem permitido que cidades fora do eixo Rio-São Paulo ganhem protagonismo no cenário imobiliário nacional.
Além dos dados econômicos, o levantamento levou em conta aspectos como segurança, mobilidade urbana e oferta de serviços públicos. Cidades com planejamento urbano estruturado e crescimento ordenado tendem a gerar maior retorno para investidores e menor risco para compradores.
Com o mercado ainda se ajustando à nova realidade de crédito mais seletivo e consumidores mais cautelosos, o estudo do Sienge serve como referência para decisões estratégicas no setor. Ele indica onde estão as oportunidades concretas para crescer, diversificar investimentos e atender às demandas reais da população.