Joice Silveira, fundadora da Joice Customização, de Curvelo (MG), foi uma das empreendedoras que colocaram a saia junina no portfólio de vendas. Ela trabalha com o DIY desde 2019, começou fazendo reformas e ajustes em roupas para amigas, até decidir abrir sua própria marca. Desde 2023 tem tem uma loja física, mas 70% do seu faturamento vem do e-commerce.
Em duas semanas, a empreendedora vendeu cerca de 30 saias por R$ 279 cada, faturando R$ 8,3 mil — metade da sua receita mensal. Como a produção é manual e demanda de dois a três dias por peça, ela precisou envolver a família para atender a todos os pedidos. “Tem gente que eu nem consegui responder. Tivemos que recusar algumas encomendas porque a demanda está alta”, diz.
Segundo Cecília Rapassi, sócia-diretora da Gouvêa Fashion Business, o DIY vem ganhando força por atender a três demandas do consumidor: autenticidade, sustentabilidade e protagonismo criativo. “As pessoas querem se expressar de forma única, consumir menos e melhor. Elas estão encontrando nas redes sociais um palco para mostrar sua visão de mundo”, destaca.
Leopoldino conta que já vendeu 15 saias, cada uma por R$ 279,90, e que leva três dias para produzir duas peças. A empreendedora também vende shorts customizados por R$ 259,90. A expectativa é que seu faturamento, que gira em torno de R$ 5 mil mensais, dobre durante o período junino.
“Produto tem em todo lugar, mas o que o empreendedor pode oferecer a mais?”, diz a especialista. “No geral, recomendamos que tendências façam parte do mix de um negócio. Mas, veja bem, é uma parte e não o mix todo”, acrescenta.
De olho nisso, Daniela de Freitas, 31 anos, de Quatá (SP), passou a investir nas customizações no ano passado. Dona da Yourself Store, ela começou vendendo roupas de porta em porta em 2020 e em cinco meses abriu sua loja. Nos últimos cinco anos, a empreendedora focou no varejo e agora vem investindo na customização.