Autoria de João Paulo Brandão
Waldemar Zveiter fundou em 1957 o Escritório de Advocacia Waldemar Zveiter, após formar-se em direito pela Universidade Federal Fluminense. Exerceu a advocacia por cerca de vinte e cinco anos, ininterruptos.
Waldemar Zveiter presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio de Janeiro, em dois biênios e também chegou a pertencer ao Conselho Federal dessa mesma entidade, e ao Conselho Superior do Instituto dos Advogados do Brasil.
Foi eleito pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para compor o Tribunal Regional Eleitoral como representante da OAB, tendo sido reeleito para o segundo biênio. Posteriormente foi nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro no quinto reservado à membros oriundos da OAB que são encaminhados em lista tríplice para o governador.
Após sete anos como desembargador, foi nomeado pelo Presidente da República, para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça ( STJ), em dezoito de maio de 1989, permanecendo lá até 2001, tempo em que foi, concomitantemente, Ministro do Tribunal Superior Eleitoral e membro do Conselho da Justiça Federal.
Retornou ao Escritório que fundou nos idos de 1957, que durante sua ausência foi administrado pelos seus filhos Luiz Zveiter (que assumiu o escritório em 1980 e ficou até 1995, quando virou desembargador) e Sergio Zveiter [que, com o retorno do pai ao escritório, assumiu a função secretário de Justiça e Direitos do Cidadão (2003-2004) e secretário de Defesa do Consumidor (2004-2006) reassumindo sua titularidade, à frente do Escritório de Advocacia Zveiter.
Depoimento do Colunista Gabriel Lopes
Waldermar Zveiter foi mais do que um nome de destaque na vida pública e profissional brasileira — foi um exemplo raro de integridade, sabedoria e humanidade. Ao longo de sua trajetória, construiu uma carreira marcada por conquistas, ética inabalável e profundo senso de justiça. Mas, acima de qualquer título ou reconhecimento, destacou-se por ser um homem simples, acessível e genuinamente comprometido com o bem.
Sua humildade tocava a todos com quem convivia. Mesmo com a projeção que alcançou em sua área de atuação, nunca perdeu a capacidade de ouvir, de aconselhar com ternura e de estender a mão a quem precisasse. Era desses seres humanos diferenciados, cuja grandeza não se media pelo cargo, mas pela maneira como tratava o outro — sempre com respeito, empatia e honestidade.

Formou uma família pautada por valores sólidos e virtudes profundas, espelho de sua conduta reta e amorosa. Sua presença era luz para aqueles que o cercavam, e seu exemplo foi, e continuará sendo, um guia silencioso para muitos.
Ao longo da vida, Waldermar Zveiter auxiliou incontáveis pessoas, muitas vezes de forma discreta, movido por um coração generoso. Sua trajetória foi um testemunho vivo de que é possível ter sucesso sem perder a essência, sem se afastar do que realmente importa: o caráter, a dignidade e o amor ao próximo.
Hoje, ele parte deixando um legado imortal. Ficam como testemunhas de sua integridade uma multidão de pessoas que jamais esquecerão o que ele representou em vida. Sua memória continuará viva em cada gesto de bondade que inspirou, em cada valor que transmitiu, em cada vida que tocou.
Waldermar Zveiter foi, e sempre será, lembrado não apenas pelo que fez, mas principalmente por quem foi